As alergias já dão as caras, mal tem início o outono. Narinas secas, tosse, muita coceira nos olhos, Polaramine, colírio, água, sono. Coceira nas pernas - será que agora vou pegar dengue?
Tenho a impressão de estar falando baleês. Alguns autores que não respondem, se fingem de mortos. Uma autora com dengue, de fato. Eu no meio do vórtice de leituras críticas, pautas, preparações. Cronograma que já foi pro saco. Mas há autores que cumprem seus prazos - nem tudo está perdido.
Faxina, dieta do bom humor, limpar banheiro de gatos. Preguiça de cozinhar. Muito, muito sono após o antialérgico. Só 400g eliminados depois de uma semana sem comer doces. Poderia ser melhor, mas poderia ser pior. E o purê de batata-doce com canela faz a balança pender para o melhor.
Faço a mim mesma promessas que não consigo cumprir e compro livros. Também faço uma lista de todos os livros que devo ler antes de comprar qualquer outro - se a seguir de fato, a leitura demorará meses, o que significa cumprir minha promessa de não comprar um livro tão cedo.
Assisto a um documentário perturbador, Finding Vivian Maier (de novo as sombras da alma), termino de ler Vargas Llosa. Isso me dá a sensação de dias produtivos, mesmo quando autores não respondem e meu trabalho fica parado.
Com a caneca de leite quente e cacau nas mãos, penso que, mesmo não sendo tão fácil, este ano já é, sem dúvida, melhor que o que passou. Penso também que consegui aumentar uma volta na caminhada pelo parque. E assim vou dormir mais feliz.
terça-feira, 31 de março de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
"O Grande Hotel Budapeste" e Ralph Fiennes

Depois de assistir ao filme de Anderson, quis rever O paciente inglês, de Anthony Minghella. Que filme realmente lindo! Não só pela paisagem do deserto, em vistas aéreas esplêndidas, como pela atuação de Fiennes, então jovem e belo, vivendo mais uma personagem atormentada. E então percebi por que sou fã de Ralph Fiennes: pela sua capacidade inata de transmitir ao público as sombras que perpassam a alma (talvez o melhor exemplo disso seja o oficial nazista do filme de Spielberg). Mas, diferentemente de um Ricardo Darín, outro dos meus atores preferidos, Fiennes parece mesmo saído de outra época, quiçá de um drama shakespeariano. Para nossa sorte, porém, ele paira entre nós.
segunda-feira, 16 de março de 2015
domingo, 15 de março de 2015
Um arco-íris para Cely
Ainda tenho um longo aprendizado sobre a arte do desprendimento. Especialmente no que se refere à partida de pessoas queridas.
Minha querida Cely nos deixou ontem. Nos últimos anos, a saúde mais frágil foi retirando-a do nosso convívio. Nas últimas semanas, quando chegou a notícia de mais uma internação, lá no fundo algo me disse que era a última. E mesmo me preparando para uma possível despedida, meu coração doeu ao saber da notícia.
Encontrei esta foto no Facebook, da página da Iza, que conhecia muito bem a Cely, de muitos anos de Anglo. E me apropriei da imagem. Cely entre livros, sorridente. Acho um flagrante extremamente feliz, que traduz muito dessa pessoa generosa, bem-humorada, brava quando convinha, maternal sempre. Boa parte do que sei, devo a ela. E mesmo não tendo convivido com ela de forma mais íntima, era uma pessoa a quem eu sempre quis um bem imenso, e cuja presença, mesmo esporádica, sempre me alegrava.
Falei sobre ela com amigos um dia antes de sabermos da internação. E hoje, embora lamente sua falta e o não termos conseguido marcar uma última visita (ela havia ficado de me avisar quando estivesse com mais tempo), quero ficar com essa imagem. E com a do arco-íris esplendoroso que me surpreendeu na volta da despedida, me lembrando da alegria de ter convivido com Cely. Ou como um sinal de que os anjos estão em festa com a paz que ela conquistou.
Minha querida Cely nos deixou ontem. Nos últimos anos, a saúde mais frágil foi retirando-a do nosso convívio. Nas últimas semanas, quando chegou a notícia de mais uma internação, lá no fundo algo me disse que era a última. E mesmo me preparando para uma possível despedida, meu coração doeu ao saber da notícia.
Encontrei esta foto no Facebook, da página da Iza, que conhecia muito bem a Cely, de muitos anos de Anglo. E me apropriei da imagem. Cely entre livros, sorridente. Acho um flagrante extremamente feliz, que traduz muito dessa pessoa generosa, bem-humorada, brava quando convinha, maternal sempre. Boa parte do que sei, devo a ela. E mesmo não tendo convivido com ela de forma mais íntima, era uma pessoa a quem eu sempre quis um bem imenso, e cuja presença, mesmo esporádica, sempre me alegrava.
Falei sobre ela com amigos um dia antes de sabermos da internação. E hoje, embora lamente sua falta e o não termos conseguido marcar uma última visita (ela havia ficado de me avisar quando estivesse com mais tempo), quero ficar com essa imagem. E com a do arco-íris esplendoroso que me surpreendeu na volta da despedida, me lembrando da alegria de ter convivido com Cely. Ou como um sinal de que os anjos estão em festa com a paz que ela conquistou.
sábado, 14 de março de 2015
Um gostinho de Marrocos: tajine (ou tagine)

Entonces, como a crise anda braba, e o projeto Marrocos talvez ainda demore um pouquinho, resolvi provar o prato aqui mesmo, em minha casa. Achei uma receita da Heloísa Bacellar no site do Basílico.
É um prato trabalhoso, com várias etapas. Mas ficou uma delícia, e foi difícil saber se o melhor era o perfume na cozinha, ou os sabores diversos combinados.
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domingo, 8 de março de 2015
Capa do Pitadas
Aí, por ora, ficou assim.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla