Mostrando postagens com marcador comfort food. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador comfort food. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de novembro de 2020

Bolo gelado de coco e cansaço da poha

Uma amiga de Bienais e que tais, a Lu Tchutchu volta e meia posta fotos do bolo gelado de coco, ou toalha felpuda, que ela faz pra família. Eu já fiz esse bolo uma ou duas vezes, mas não achei que tinha ficado como o da infância em SP, quando pipocavam embrulhinhos de papel alumínio com o precioso bolo de aniversário, devidamente úmido e bem doce, com floquinhos de coco. 
Resolvi testar a receita da Tchu, que faz sucesso nas redes. Meia receita, como de costume. Mas troquei o leite da massa por leite de coco. O resultado foi um bolo baixinho, semi queimado, seco, com pouquíssimo açúcar. Não cheguei a derramar a calda, que ficou deliciosa sobre ele. Como já tinha montado parte do mise-en-place, resolvi fazer outro. Forma menor, menor temperatura e menos tempo de forno, mais duas colheres de açúcar na massa. Também fiz o processo boleiro de sempre, primeiro gemas e açúcar, juntar os secos alternados com leite, e no final as claras em neve. E ficou ótimo! 
Guardei uma parte coberta com papel alumínio na geladeira, e comemos um pouco do bolo "normal", molhado, mas nem tanto. No outro dia, porém, o pedaço guardado no papel alumínio ficou maravilhoso, igualzinho ao que minha memória acusa das festas de aniversário paulistas, que volta e meia tinham essa delícia. Receita da Tchu aprovada, com pequeníssimas mudanças.
Esse bolo veio a calhar num dia de cansaço extremo. Só essas gostosuras para elevarem o ânimo nas atuais circunstâncias.

sábado, 20 de junho de 2020

Comfort food master: gelatina colorida

Eu me lembro de minha tia e madrinha Eda, esposa de meu tio-avô Orlando, chegando com uma travessa grande de gelatina colorida mergulhada em creme de leite. Geralmente acontecia em almoços de família - e hoje penso como ela conseguia carregar aquela travessa sem que a gelatina derretesse, já que morávamos bem longe dela.
Eu amava essa sobremesa, mas devo ter feito uma vez só na vida, meio sem seguir receita, e não ficou tão boa quanto me lembrava de ser a de tia Eda. Mas outro dia topei com ela, não sei se no site da Rita Lobo ou no da Dani Noce, e pensei: nossa, isso é que é comfort vintage food! Além de remeter à minha memória afetiva de infância - quando havia ruidosos e festivos almoços familiares em casa -, é uma representação de uma era, imagino que dos anos 70 e 80. Pois postei esta mesma foto no FB e muita gente reagiu a ela, comentando como a gelatina colorida tem sabor de infância. E olha que nem entrou na minha primeira lista de sobremesas favoritas, que comentei outro dia aqui.
De qualquer modo, ela teve todo gosto de premiação depois de eu conferir 14 vídeos comentando questões de vestibular. Mereci cada quadradinho de gelatina colorida neste sábado em que nos aproximamos dos 100 dias de quarentena.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Sequilhos para o cafezim quarentenal

Guga perguntou se eu já tinha feito sequilhos. Respondi que não, e logo em seguida, senhora das demandas, busquei uma receita. Achei uma simplésima: 100 g de açúcar, 200 g de manteiga e 300 g de farinha, mais uma colher de café de fermento químico. Menos de 15 minutos no forno a 180 graus. Depois passei no açúcar cristal, e ficaram perfeitos! 

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Bolo de mel e nozes no fora de hora cada vez mais comum

Não me deem ideias que logo vou querer fazer um docinho. Ou um bolinho.
Hoje à tarde, aquele friozinho, me deu vontade de comer um bolo simples. Mas podia ter um pouquinho de nozes.
Já tinha inclusive feito pão sovado. Depois ia fazer sopa. Mas entre um e outro resolvi fazer o tal bolo simples com nozes. Achei uma receita supostamente judaica de bolo de nozes e mel. Resolvi bater na mão para não aumentar a pilha de louça. Massa um pouco mais seca - mel, manteiga, ovo, farinha, nozes e fermento, só isso -, mas um perfume e um sabor ótimos. Ainda cobri com calda de chocolate, e isso compensou a falta de umidade e incrementou o sabor. Me lembrou um pouco, em termos de textura, a camada de suspiro do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo (que certamente não o é). Talvez essa falta de leite tenha a ver com a cultura judaica, porque o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo é inclusive vendido como comida kosher. Bom, eu colocaria justamente um pouco de leite para aumentar a maciez do bolo. Mas ficou bom, bem bom.

sábado, 25 de abril de 2020

Massa verde com ricota, maçã e nozes

A massa que preparei e congelei outro dia foi nosso jantar hoje. Ficou ótima! Bastaram uns poucos minutos na água quente, com a massa ainda congelada, para termos uma refeição bem gostosa. 

domingo, 15 de março de 2020

Sagu com direito a lua

Fiz até creme inglês para comer junto com o sagu de vinho - nunca experimentei assim, vamos ver se essa gourmetização vale a pena.

domingo, 8 de março de 2020

Jantar de sábado com comfort food inesperada

Arrumando os potes de temperos e trocando as etiquetas por Contact outro dia, me deparei com o espinafre em pó que comprei e não usei. Como não temos comido muita massa, nem mesmo fresca, ele foi ficando meio pra escanteio. Mas fiquei a fim de experimentar uma lasanha verde com frango ao molho branco - uma mistura das lasanhas de caixinha da Sadia, que tem lasanha verde à bolonhesa e lasanha de frango ao molho branco. Ficou ótima, embora na foto acima nem dê pra ver que a massa é verde.
Para acompanhar, fiz a musse de chocolate com claras e água que a Rita Lobo ensina no Cozinha Prática. Mas acrescentei raspas de laranja, dica de uma receita do Strava (!), que Guga me mandou. Meu, ficou com gosto de bombom da Garoto (Guga também lembrou) das antigas, cujo nome não sei! Uma inesperada comfort food no nosso jantar do final da semana. Grata surpresa, até pra quem cozinha. 

sexta-feira, 6 de março de 2020

Sangria e o poder da comfort food

Embora já tivesse tido contato com o conceito de comfort food, foi na pós da PUC-RS, com a aula da Dani Noce, que conheci o real sentido dado ao termo: o de comida da infância, ou comida de memória. Eu associava a comfort food ao prazer trazido pelo sabor de pratos despretensiosos, ou populares, ou caseiros. Algo como comer chocolate e sentir o estresse indo embora. Mas não necessariamente com essa comida - qualquer uma - que nos remete ao passado de forma prazerosa. 
A minha lista de comfort food não é sofisticada, porque minha mãe fazia poucos pratos; minha avó fazia o trivial e alguns pratos típicos em ocasiões festivas. Havia uma tia de Mauá que cozinhava maravilhosamente, e meus bolos de aniversário normalmente eram feitos por ela, mas não consigo falar de algo específico que ela tenha feito que me traga essa leveza nostálgica ao presente. 
Já o pão de queijo fofo e o bolo formigueiro de minha mãe, sim. Sagu de vinho, suco de caju, feijão com arroz que me lembram minha avó, sim. Ovo "baiano", mingau de maizena, chá mate com leite apresentados por meu avô, sim. Em alguma festa, aparecia sangria - e ontem fiz, e ficou com o mesmo gosto de antigamente. Minha madrinha trazia gelatina colorida com creme de leite. Coisas muito simples.
Como comer para mim é um prazer, fui conhecendo culinárias diversas e elegendo algumas comidas favoritas que me alegram muito o paladar e a alma. Mas é muito diferente do efeito da memória afetada por cheiros e gostos, simples que sejam. 
O cheiro e o sabor do suco de caju me levam diretamente à praça do externato onde minha avó me buscava; eu a esperava para tomar meu lanche, somente na saída do prezinho - muitas vezes, tinha suco de caju, que minha avó preparava, na lancheira. Minha sensação ao tomá-lo hoje é de uma paz de quem ainda estava segura com relação aos seus dias, que todos teriam aquela companhia, que decepção era uma ideia que nem sequer existia. 
Ah, milagrosos suco de caju, chá, sangria.

domingo, 1 de março de 2020

Romeu e Julieta e Contact: o passado revisitado

Outro dia, me deu uma vontade enorme de comer sagu, uma verdadeira comfort food da infância. Ainda não fiz, mas já separei uma receitinha para o próximo final de semana. 
Em compensação, neste final de semana voltaram dois outros clássicos do passado: Romeu e Julieta (queijo e goiabada) e papel Contact. 
Eu amo sobremesas com caramelo e baunilha, mas queijo e goiabada têm seu lugar em meu coração saudosista. Topei, em algum site, com uma receita de sorvete Romeu e Julieta, utilizando cream cheese, mas o que eu tinha em casa era iogurte grego que tinha ficado um pouquinho mais salgado/azedo que o normal (deixei dois dias na geladeira coando), e que logo associei ao gosto do queijo - então peguei um pouco de goiabada com a sogra e improvisei um sorvete. Ficou ótimo - imagino que com cream cheese fique perfeito.
Já o Contact tinha um quê de desafio na infância: como passar o adesivo sem deixar bolhas? Acho que desenvolvi bem essa habilidade, e voltei a usá-la hoje, colando nos potes de tempero etiquetas pretas escritas com tinta branca (de caneta Sakura, outra referência de infância/adolescência). As etiquetinhas com letra cursiva lembram quadro-negro e giz. Claro que aproveitei para dar aquela geral nos temperos, limpar todos os potes etc. 
A mistura de criação e organização ajuda a tornar um final de semana perfeito dentro das atuais possibilidades. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sorvete de caju e gosto de infância

Não vivo sem líquidos - água, suco, café. Minha avó dizia que eu só comia para poder beber um suquinho (claro que hoje ela veria que beber e comer têm a mesma importância). Mas nem imagino o que será de mim no auge da crise hídrica de São Paulo.
No início da semana, para manter as tradições, comprei suco de caju concentrado. E toda vez que o preparava sentia gosto de infância - que eu me lembre, era o suco que carregava na garrafinha da lancheira, a maior parte das vezes.
Aproveitando a compra do suco, adaptei levemente uma receita de sorvete de caju da La Cucinetta: reduzi as medidas para 100ml de suco concentrado de caju (era o que tinha sobrado), 100ml de leite condensado, 1/2 xícara de leite integral, 1 pitada de sal e 4 bolinhas de doce de caju cristalizado, picadas pequenas. Bati os ingredientes líquidos e o sal no liquidificador e depois passei para a sorveteira, por 20 minutos. Dois minutos antes de acabar o tempo, acrescentei os pedacinhos de doce de caju à mistura.
O difícil é esperar 3 horas para tomar! Para fazer a foto (e provar um pouquinho), notem que o sorvete não estava exatamente firme - mas estava uma delícia! Um dos melhores que fiz até agora.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog