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domingo, 5 de janeiro de 2025
domingo, 11 de abril de 2021
Aquele empurrãozinho na criatividade
Outro dia, uma amiga de faculdade recém-reencontrada nas redes sociais comentou que ela sempre precisa de estímulos externos para criar algo. Que ela não era naturalmente talentosa ou criativa, que para escrever um texto precisava de um acontecimento pitoresco, que executava as coreografias de dança direitinho mas sem brilhantismo etc. Identifiquei-me completamente com ela. Não sei criar coisas do zero. Era meio atrapalhada no flamenco, embora amasse estar ali no meio daquelas palmas e sons de tacones. Escrevo textos mais burocráticos que criativos. Preciso de modelos para desenhar.
Depois fiquei pensando que a criatividade, na maioria das vezes, também se cria. Como ser mulher, não se nasce criativo, talvez "torne-se". Eu já comentei que, quando necessário, me meto a aprender algo para dar conta de um projeto. Normalmente, aprendo o básico. Não me lembro de ter algum aprendizado muito aprofundado. Enfim.
De posse da necessidade, arregaço as mangas e mergulho as mãos na demanda. Vencedora das demandas, isso sei que sou. Missão, motivação, o empurrãozinho que me leva a criar. E assim ideias ganham corpo, como o convitinho para o chá de fraldas das gêmeas de Gleice. Aquarela e colagem. Aquarela, o quanto baste, e colagem, para suportar o desenho insuficiente. Sobre branco, sempre ele, a me dar espaço, a me permitir respirar. O espaço em branco, o próprio lugar da criatividade.
De posse da necessidade, arregaço as mangas e mergulho as mãos na demanda. Vencedora das demandas, isso sei que sou. Missão, motivação, o empurrãozinho que me leva a criar. E assim ideias ganham corpo, como o convitinho para o chá de fraldas das gêmeas de Gleice. Aquarela e colagem. Aquarela, o quanto baste, e colagem, para suportar o desenho insuficiente. Sobre branco, sempre ele, a me dar espaço, a me permitir respirar. O espaço em branco, o próprio lugar da criatividade.
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terça-feira, 13 de outubro de 2020
Em busca da transparência
Nem eu aguento mais dizer como é difícil pintar aquarelas. Como tenho vários amigos artistas, quando vejo o resultado do trabalho deles, essa dificuldade fica cada vez mais evidente.
Não que eu tenha a pretensão de atingir um nível tão alto (afinal, eles, além de muito talentosos, estudaram anos, produzem bastante e muitos têm inclusive doutorado e pós-doc), ainda mais apenas fazendo alguns cursos pela internet. Mas é inegável que chegar às transparências bem dosadas não é mesmo para principiantes. (Aliás, que árduo é chegar à transparência de todo tipo.)
Eu, pessoalmente, ainda fico muito presa à pintura mais pigmentada, mais próxima do guache, principalmente quando rola alguma cagada ao pintar - manchas enormes, sobretudo. Daí acabo tentando cobrir - até pontilhismo e tratteggio usei hoje! - para minimizar a feiura. Nem sempre funciona, mas não custa tentar.
Aliás, tudo é tentativa quando a gente resolve aprender algo novo. Ainda mais, no meu caso, algo relacionado à pintura, que nunca estudei.
De todo modo, o desenho me ajuda a querer continuar aprendendo a pintar, já que agora me vem à cabeça usar o entorno como modelo para as aquarelas, começando pelas folhas da jaqueira. A natureza, sempre parte da aprendizagem.
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domingo, 6 de setembro de 2020
sábado, 5 de setembro de 2020
Já sei desenhar, agora só me falta pintar
Tô tentando dedicar umas horinhas no final de semana a pintar ou desenhar - bordar ainda não. Como disse, demorei um pouco a definir um projeto pro curso de aquarela, e acabei criando quatro personagens femininas. Depois veio a questão da paleta de cada uma. Amaterasu foi a mais difícil; precisei pensar primeiro num desenho para o quimono para daí definir as cores do entorno. Com essa ideia de criar uma estampa - outra coisa que amo -, pensei que talvez fosse melhor usar a aquarela em bisnaga, que parece ter um pigmento mais concentrado, não sei direito, lembrando até um pouco a tinta acrílica.
E daí veio a realidade crua dar na minha cara: não sei pintar! Vou ter que treinar muito as pinceladas em planos maiores para enfim executar o projeto! Deve ser por isso que gosto tanto dos fundos brancos quando crio ilustras com colagem ou bordo, para evitar preencher o fundo com cor, algo que precisa de paciência (que não tenho em grande quantidade) e muita habilidade (que eu tenho pouca).
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domingo, 30 de agosto de 2020
Projetos para cursos de aquarela e bordado - representatividades
Ontem morreu Chadwick Boseman, o Pantera Negra, tão jovem, e responsável por devolver a tanta gente o sentido da representatividade negra. Ele lutava contra um câncer há quatro anos, e mesmo assim, após o diagnóstico, atuou em vários filmes, até mesmo um ainda não lançado, com Viola Davis.
Ter sabido dessa perda tão triste foi o que me fez pensar mais profundamente nos projetos dos cursos de aquarela e bordado. A ideia do curso de aquarela e sumiê é criar uma cena com uma personagem, e eu nem tinha uma pronta. Mas daí pensei na representatividade de Boseman, no legado que ele deixa para jovens e crianças, e ampliei essa ideia para a representatividade feminina - quantas somos, como somos? Tantas, que é difícil dimensionar. O que me representa?
Daí esbocei quatro personagens, cada uma ligada a uma entidade feminina associada a um povo, a uma etnia. Amaterasu, Oxum-Odoyá, Pachamama e Elfa. É pouco, eu sei. Mas é um começo.
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domingo, 2 de agosto de 2020
Azulando
Se me perguntarem qual minha cor favorita, sempre ficarei entre o azul e o vermelho. O vermelho, porque combina mais comigo, com meu tom de pele (aliás, sobre isso, mais descobertas, como da linha de batons e esmaltes nude da nacional Dailus). O azul, porque é lindo, especialmente nos tons puxados para o violeta, como o maravilhoso Blue Bright Violet da caixa de lápis da Berol, inesquecível. Cheguei a pintar um nichozinho no antigo apartamento em SP, só para ficar contemplando a cor.
Entre uma coisa e outra, no final de semana, tento praticar um pouco de aquarela. Hoje foi em azul. Orquídea, bambu, crisântemo. Aos poucos, sinto mais segurança no gesto, repetindo-o ad infinitum. Como só o azul pode almejar.
Descobri há pouco que posso usar o verso do papel de aquarela. Menos rugoso, mais gentil. Além da economia que isso gera, que ando bem pão-dura.
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domingo, 19 de julho de 2020
Quarentoitando na quarentena
Inegável que este aniversário foi diferentão - no meio de uma pandemia, com isolamento social total, mas com a presença do marido e parte da família. Até as mensagens nas redes sociais, em menor número, foram mais carinhosas e emocionantes.
Nesse mesmo clima de aconchego, ganhei da sogra uma peça quiltada maravilhosa, feita por ela, para colocar minha xícara de café na mesa do escritório - claro que a xícara nova veio junto, além de chazinhos e uma caixa de Raffaello, que eu amo.
Hoje chegou também o presente de Guga, um jogo de aquarelas em pastilha da Koh-i-Noor, que acabo de testar com meus pincéis novos. Que delícia essa tinta que desliza fácil, que cores lindas!
Ainda conseguimos, na sexta, pedir pizza na pizzaria favorita, por WhastApp e só passamos lá pra pagar e pegar. Hoje, aniversário da avó do marido, rolou moqueca; uma festa de Babette, como disse o tio de Guga.
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terça-feira, 7 de julho de 2020
Sumiê e material adequado
Tem final de semana que até consigo dar umas pinceladas no curso de aquarela/sumiê on-line. Como gosto de usar pincel! Nem sei se sei, mas gosto muito dos gestos, dos efeitos que cada pincel produz, dos resultados, mesmo que imperfeitos.
Por isso comprei mais uns pinceizinhos simples, mas redondos (como pede a aquarela, aprendi), além do papel para aquarela, que nunca tinha tido. Que diferença faz! Quando fiz o curso da Susan Hirata, usei papel filtro, mas tinha o pincel de sumiê e a tinta sólida - além da assistência presencial da Susan, claro -: por isso, acho que o resultado era bem melhor do que o vinha tendo com a aquarela. Talvez até use a tinta sólida em alguns testes, a ver.
Com o papel adequado, Canson de gramatura 300, os exercícios tiveram um resultado melhor, com ajuda das ranhuras do papel. Os pincéis novos não são lá essas coisas (prefiro os Keramik, mas a maioria dos que tenho tem ponta fina ou achatada), ainda patino um pouquinho com a aquarela em bisnaga, que usava como guache, um efeito mais blocado, sem transparência. Mas Guga sugeriu me dar de presente de aniversário algo ligado a pintura, e escolhi uma aquarela da Koh-i-Noor, maravilhosa e subestimada marca tcheca de materiais de arte. Como as marcas japonesas, a Koh-i-Noor normalmente tem produtos ótimos a preço acessível - para ficar no exemplo das aquarelas, um terço do preço de uma Winsor & Newton pelo triplo de cores.
Agora estou como criança, esperando meu colorido presente (mas já querendo mais pincéis, oh, God!).
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quarta-feira, 17 de junho de 2020
Arte contra depressão
Nunca estudei nenhum tipo de arte formalmente. Nem informalmente, pra dizer a verdade. Sempre que encasquetei com algo do tipo, tentei meter as caras pra fazer, nem sempre com sucesso. Porém, como minhas expectativas normalmente eram baixas, me satisfazia com o resultado na maior parte das vezes. Assim é que dei aula de xilogravura para alunos da periferia para que eles compusessem seus cordéis (o texto sim, pude ensinar de fato a criar), ilustrei um livro que escrevi para os sobrinhos, criei com colagens ilustrações para uma música de Chico Buarque sob orientação de Odilon Moraes e Fernando Vilela, bordei uma mandala iniciada numa oficina de Sávia Dumont. Dessas tentativas todas, o bordado talvez tenha sido um pouco mais constante, mas ainda está bem longe da perfeição.
Daí veio a quarentena. Naquele início meio atordoante, achei que tinha que fazer mil coisas diferentes, até para afastar o pensamento das incertezas, mas logo lembrei que não estava de férias. Ainda assim, fiz os tais cursos do Senac de alimentos, o da Faber-Castell para iniciantes em aquarela. E me inscrevi, como comentei por aqui, em um de aquarela em estilo japonês da plataforma Domestika (que eu achava que era argentina, mas tem sede na Califórnia) e recentemente em um de ilustração com bordado, também da Domestika.
Somente hoje comecei a fazer os exercícios propostos. Não que eu achasse que seria fácil, mas foi bem mais difícil que eu pensava, a começar pela adequação ao tipo de aquarela que tenho, em bisnaga, diferente da utilizada pela professora, em pastilha. Descobri, inclusive, que as marcas que ela utiliza são muito mais caras do que eu imaginava - eu, que tenho uma caixa de 24 cores da japonesa Pentel, pela qual paguei tão baratinho, nunca sonhei em dar 200, 300 reais por uma caixa de 12 cores da Winsor & Newton. Difícil também acertar a quantidade de tinta no pincel, o movimento da pincelada. A parte mais fácil foi desenhar algumas personagens - fiz as mesmas que ela e acrescentei uma minha, Francisco, da minha obra inacabada sobre o rio. Sou boa em copiar traços, pelo menos.
Ao fim, fotografei as imagens, mas não ficou bom. Escaneei, o scanner alterou as cores. Fotografei com a Nikon, aí ficou mais próximo da realidade, clareei um pouco no Lightroom. Ainda preciso adequar a iluminação no escritório. Enfim, toda essa movimentação foi essencial para me afastar um pouco mais de um possível estado depressivo. Depois de dormir muito, não trabalhar, não me exercitar, ficar infeliz com ter que cozinhar três vezes, a arte, minha pequena arte, foi minha salvação.
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domingo, 22 de março de 2020
quinta-feira, 9 de abril de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Revendo projetos
Faz tempo que só choco meu livro sobre o rio São Francisco. O projeto foi ficando de lado por conta da minha pretensão de fazer um estudo de campo detalhado para compor a história.
Tanta coisa aconteceu desde então, com a transposição que mal saiu do papel, as últimas secas, a indústria do livro, que resolvi simplificar. Porque quanto mais a gente explica mais tem que se explicar - esta é outra mudança significativa trazida pelas comunicações contemporâneas. E eu não estou muito a fim. Quero só trazer uma mensagem, mostrar minha visão de mundo para os jovenzinhos sem que isso vire uma grande discussão. Será que consigo?
Para me inspirar na nova empreitada, resolvi desenhar como imagino meu protagonista. Ressuscitei meus lápis aquareláveis - a caixa da Toison d'Or, que ganhei da Tie na época de estagiária em escritório de arquitetura (para mim, os melhores lápis que tenho), os ótimos Faber-Castell em duas cores e a caixa da Caran d'Ache que ganhei do Wagninho - e me meti a desenhar.
Acho que vai rolar um storyboard. Acho que vou aproveitar para voltar a desenhar despudoradamente. Por puro prazer.
Tanta coisa aconteceu desde então, com a transposição que mal saiu do papel, as últimas secas, a indústria do livro, que resolvi simplificar. Porque quanto mais a gente explica mais tem que se explicar - esta é outra mudança significativa trazida pelas comunicações contemporâneas. E eu não estou muito a fim. Quero só trazer uma mensagem, mostrar minha visão de mundo para os jovenzinhos sem que isso vire uma grande discussão. Será que consigo?
Para me inspirar na nova empreitada, resolvi desenhar como imagino meu protagonista. Ressuscitei meus lápis aquareláveis - a caixa da Toison d'Or, que ganhei da Tie na época de estagiária em escritório de arquitetura (para mim, os melhores lápis que tenho), os ótimos Faber-Castell em duas cores e a caixa da Caran d'Ache que ganhei do Wagninho - e me meti a desenhar.
Acho que vai rolar um storyboard. Acho que vou aproveitar para voltar a desenhar despudoradamente. Por puro prazer.
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