Mostrando postagens com marcador comida oriental. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador comida oriental. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Peripatética em Sampa

Fui a SP para tratar de questões familiares e acabei encontrando amores que eu não via há muito tempo, como Carlos (desde 2011) e Karen (desde 2018). Com a amplitude térmica ainda maior, vivenciei a alternância de onda de calor (32 graus) e friaca (9 graus), algo mais comum nestes tempos de emergência climática (uma das amigas que queria ver, Lu Salgado, não pôde me encontrar porque a cidade de onde vinha estava tomada por incêndios, um risco imenso nas estradas). Passei frio, mesmo tendo me preparado para as baixas temperaturas de metade da semana.
De todo modo, consegui ver minhas pessoas, resolver imbróglios para mamis, cantar, dançar, rir, ouvir, comemorar conquistas (como de Marisa, com quem depois fui andando até o Ceuma, para ver Wisnik falar de Bosi), compartilhar heranças e alergias (com irmãos, é claro). Andei muito, da zona leste à sul, recordando caminhos de cujas grandes distâncias não me lembrava (como as avenidas que ligam Itaquera a Penha). Experimentei docinhos mil (Speranza, Itigo Itiê, Mori Chazeria, Biscoitê, Aizomê), tentei evitar o café em excesso, mas em Sampa é impossível, tudo e todos pedem café, e ainda ganhei uma degustação surpresa e exclusiva no Starbucks, com direito a dois baristas presentes, que elogiaram meu "palavreado". Aproveitei para revisar minha câmera e presenciei a GCM expulsando os moradores de rua com jatos d'água na Sete de Abril. Renovei cabeleira, comi bastante sushi (todo mundo anda na vibe de comida oriental, segundo Emersom, uma nova onda de cultura japonesa tomou a cidade e conheci um novo restaurante, Shigueo), mas mantive a tradição de ir à Speranza com as thelmas. Comprei coisas de que não precisava na Liberdade, de artigos de papelaria da Haikai a chás da Casa Bueno e do Azuki. Provei croissant com creme de amêndoas na Beth Bakery, trouxe um sourdough pra casa, além do pão davvero italiano que Eli me deu, sequíssimo, que deve ser umedecido por 10 segundos. Revi filhotes das amigas, como os altíssimos filhos de Marise e as três graças de Eliane, que carreguei no colo, me inteirei dos projetos de Rafaela, conheci a mamislinda de Marise. Enfim, fui à Japan House, onde, além de exposição sobre moda japonesa, conheci a linda embora pequena biblioteca e o banheiro à la Perfect Days; dali, voltei ao antigo espaço de trabalho do IC, onde estava rolando a Ocupação Naná Vasconcelos e uma exposição de Guto Lacaz. Até ao teatro fui, ver Kiko Mascarenhas em Todas as coisas maravilhosas, dica de Valéria, minha amiga de faculdade, mas isso vale outro post. 
Foi uma viagem divertida e produtiva, mas concluí que não caibo mais nessa loucura por vencer o tempo e as distâncias, esse "batidão" alucinado. Eu segui no fluxo alucinado, como todos, ligando minha tecla SAP, mas cheguei exausta em casa. Vi como não foi fácil para os amigos me encontrarem, por mil razões, mas especialmente pela corrida diária própria da megalópole, da qual já fiz parte, correndo muito. No momento, não me vejo voltando, mas só seguindo em frente, num passo mais tranquilo, seja para onde for.

domingo, 11 de abril de 2021

Guiozas da Tchu, a revanche

Da única vez que fiz guiozas, elas ficaram boas, mas meio pesadinhas e feiosas. Agora, só agora, descobri que tem a ver com os tempos de sova e descanso e a forma de abrir a massa. Provavelmente, a outra vez, abri a massa inteira e usei cortador. Quem me deu as dicas agora foi de novo a Tchu, que manja muito das massas e, principalmente, de comida oriental. 
É preciso misturar farinha e água quente na proporção 2 para 1 (usei 300 g e 150 mL). Depois de agregar bem, deixar descansar 10 minutos dentro de um saco plástico para então sovar mais um pouco e então deixar descansar pelo menos 30 minutos dentro do saco. Na hora de abrir - o ideal é já ter o recheio pronto, e desta vez usei shimeji fresco, nirá, cebola, repolho, tudo picadinho e temperado com sal, shoyu e óleo de gergelim e levado a refogar -, é preciso furar a bola de massa no meio e então ir formando um círculo como se fosse um donut grande. Daí se corta o donut de massa duas vezes, para criar duas minhocas, como quando a gente faz nhoque. Corta-se cada minhoca em pedaços pequenos, girando a 90 graus a cada corte, para manter a seção do corte mais redonda. Achata-se com a mão cada pedaço, que é aberto com rolo. Um a um. Imagine a diferença que faz todo esse processo.
Então é só rechear e fazer as famosas dobras (aqui já bateu aquela impaciência e fiz cada guioza de um jeito, mas a massa é tão boa que até que tudo bem, ficou infinitamente melhor que da outra vez). Marido foi contrário a fritar as guiozas, então aproveitei para estrear, após uns 6 anos, minha panela de bambu. Protegi cada andar com papel manteiga furado a faca, para passar o vapor e não deixar as guiozas grudarem no bambu. Acoplei tudo em uma panela já com água e levei para cozinhar pelo tempo médio de 8 minutos. 
Para acompanhar, preparei um molho com shoyu, óleo de gergelim, gotas de limão, nirá picadinho e um pouquinho de molho de ostras. Ficou tudo delicioso. "Profissional", disse Guga. Acho que esse é o elogio máximo que poderia receber. 

quinta-feira, 6 de junho de 2019

The winter came, e com ele as comidinhas gordas - frango empanado com creme de shitake

Essa receita é do Troisgros, e eu já fiz do jeito que ele ensina, com frango empanado em cubos de pão. Delícia, mas pesadito. Hoje resolvi fazer, aproveitando o shitake seco que comprei na Casa de Saron, e preparei com frango empanado simples.
Ainda com uma certa pegada oriental, o almoço de hoje, ainda mais com o frio súbito e intenso que chegou. O inverno chegou!

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Se oriente, rapaz - na cozinha, na vida

 
Os últimos dias na cozinha estão bem orientais. Andei fazendo yakissoba, lámen e hoje foi a vez de uma carne suína com legumes e guioza também de carne de porco. Todos os pratos visando ao aproveitamento de ingredientes - legumes e carnes - antes que se estragassem na geladeira. Para não perder ingredientes, tenho também congelado muita coisa, antes mesmo de processar completamente o prato, porque nem sempre dá tempo de fazer aquela marmita arrumadinha. 
Também rolou esse viés orientalizante porque comprei gengibre fresco e a única bandeja de nirá que achei no supermercado - caríssima, como sempre. 
Vi várias receitas de guioza na internet e peguei uma de massa da Isadora Becker, adaptei a técnica com uma do Prato Fundo e coloquei um pouco de tudo no recheio com a carne já assada e processada de filé mignon suíno: óleo de gergelim, shoyu, gengibre e nirá refogados. Mesmo no caso da massa acrescentei um pouco mais de água (meia xícara de água quente e meia xícara de água fria) e mais farinha (cerca de mais meia xícara de chá). Como fiz duas massas, porque acabou sobrando recheio, também fiz dois tipos de preparo, um tostando os pastéis e depois acrescentando água para cozinhar na frigideira, e outro cozinhando os pastéis como massa de macarrão e depois refrescando em água corrente para congelar, e ainda pude treinar um pouco as dobras. As primeiras ficaram horríveis, as segundas um pouco melhores, mas ainda bem distantes do ideal. 
O recheio de carne suína ficou delicioso, com aquele gosto de comida boa da Liberdade. Como é importante nutrir-se daquilo a que se pertence para nunca perder o rumo!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Donburi de arroz integral com frango de padaria e tempurá de cenoura e couve

Nunca um frango de padaria rendeu tanto - já foi almoço, depois jantar, hoje almoço de novo. Nunca da mesma forma, é claro.
Hoje foi a vez de transformá-lo em donburi, o arroz com carne na tigela. Não tinha arroz branco (ainda bem, porque voltei pro VP, cheia de fé), então usei um multicereais; no lugar do ovo, fiz um tempurá de cenoura, cebola e couve (que também rendeu muito esses dias - de torta de ricota, passando por ramen até chegar ao donburi). O frango não foi empanado, o que quer dizer gordura de menos, mas fiz um pouquinho de molho agridoce com shoyu, molho inglês, açúcar mascavo, alho e gengibre.
Ficou uma gostosura, e o marido elogiou meu atavismo culinário oriental. 

domingo, 25 de novembro de 2018

Um ramen abrasileirado

O ramen está na moda, especialmente em SP. Eu ainda não fui a nenhuma casa de lamen ou ramen por lá, mas acompanho nas redes sociais os amigos que têm postado sobre suas visitas. 
Outro dia, o marido comprou uns miojinhos, para "caso de necessidade" (quando não quero fazer jantar). Aí comentei com ele que poderíamos fazer um ramen de verdade em vez de miojo puro e simples. Uma boa pedida para a noite, e nada tão complicado se tivermos os ingredientes mais à mão (um caldo pronto, umas fatias de carne, um pouco de verdura). 
Foi o que aconteceu hoje. Tinha feito há mais de um mês um caldo de legumes com salsão, cenoura, cebola, cravo, louro etc.; também tinha couve, gengibre fresco e frango pronto (daqueles de televisão de cachorro, ótimo). Era só cozinhar uns ovos (que têm que ficar um pouco mais moles, é verdade) e fazer uma montagem bonitinha, com direito a talos de cebolinha por cima. 
Ficou uma delícia, bem temperado, substancioso mas também fresco, graças ao gengibre. Já integra a lista de "pratos a repetir". 

quarta-feira, 21 de março de 2018

Frango xadrez

Eu ia fazer um bifunzinho básico, mas vi que tinha pouco macarrão. Daí topei com um pacote de amendoim descascado e resolvi preparar um frango xadrez. Não é um prato que faço muito, devo ter feito só duas vezes, e em nenhuma das duas achei assim fantástico. Os preparos me pareceram demorados e o resultado, um pouco pesado.
Desta vez, foi tudo muito rápido e o prato ficou leve e gostoso. Peguei uma dica da Danielle Noce sobre o molho (água, amido de milho e shoyu), pá-pum, e pronto, foi só adicionar no final aos legumes refogados e ao frango empanado em amido de milho. Também utilizei o gengibre em pó e o óleo de gergelim, que dão aquele gostinho típico ao prato. Só não tinha brócolis, mas pouca falta fez.
A única desvantagem foi não ter sobrado nadica de nada pro jantar...

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog