Acho que poucas coisas são tão importantes quanto criar. Um ser, um projeto, um prato, o que for. Não simplesmente executar uma tarefa, mas estar presente na concepção/composição/evolução todo o tempo. Respirar junto até que se venha à luz.
Talvez por isso tenha me ocorrido que criar é a melhor forma de saber-se. Quem eu sou? Do que sou capaz? Como minha alma devolve ao mundo o que vejo e sinto? Como sinto o que vejo, o que ouço, o que toco? Minha criação fala por mim.
Já contei aqui que comecei a bordar inesperadamente e sem nenhuma noção do que fazer em seguida. Simplesmente comecei a fazer. Naquele momento, a alma borbulhante pedia linha, agulha e tecido para contar de si, de mim. E eu fui gostando do que via, quase não surpreendida de já ter logo me metido a bordar - como um saber ancestral, atávico, que estivesse lá no fundo guardado, adormecido. Não que haja grande técnica no que faço, mas minha verdade lá está, coloridamente rústica. É o que me basta.
Entonces hoje quis pegar nos paninhos bordados, olhá-los bem de perto, alisá-los. Para saber-me de novo, para lembrar quem sou, de tudo que sou capaz.
E gosto do que vejo no sentido-bordado, e sei-me menina, rio, música, flamboyant.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Canetitas
O marido reclama sempre que não tenho canetas que funcionem. Hoje comprei três, duas de marcas que conhecia por outros produtos - Compactor e Tilibra. E uma Pilot só para manter a tradição, embora de modelo bem diferente do usual.
Pronto, mon mari, estou novamente abastecida para seus empréstimos.
Pronto, mon mari, estou novamente abastecida para seus empréstimos.
Quando coisas lindas acontecem para outras coisas lindas acontecerem

Daí, porque venho ouvindo de novo a mim mesma e pensando sobre o que ouço, lá vem o Universo-Deus fazer lembrar e sacudir a poeira. Xô, marasmo!
Meu enteado, que veio nos visitar, comentou que sua avó ia ver Mia Couto, mas não sabia em que lugar de Salvador. Fiquei interessada, mas logo esqueci. E ontem, lá veio dona Dora buscar o neto para um passeio - e qual foi o primeiro comentário que ela fez, toda feliz? Que ia ver Mia Couto, no TCA. Meu interesse se reacendeu, perguntei dos ingressos, como comprar etc., mas ela fez um ar pouco animado do tipo "já devem ter acabado".
De fato, em seguida procurei na internet e li no site de compra a terrível palavra: "ESGOTADO". Ou seja, Mia Couto e eu, juntos em Salvador, no aconchego intelectual do TCA, never more.
Mas eis que lá vem o Universo atrever-se, e ontem mesmo, à noite, recebo uma ligação de dona Dora, animada-espantada dizendo que o tal do Universo conspirara e que sua irmã ligara para oferecer a ela dois ingressos para ver Mia Couto no TCA que acabara de ganhar de CORTESIA. Cortesia, palavra linda, sinônimo de gentileza, amabilidade, gesto delicado, presente, mimo - foi tudo isso que dona Dora me ofereceu ontem. E que hoje fui buscar, e vou oferecer também à minha sogra, que bem merece uma cortesia de vez em muito.
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sábado, 24 de junho de 2017
Primeiro arraiá da Vila
Trabalhei normalmente esses dias em que todo mundo já estava parando, parando, mas dediquei umas horas a preparar um arraiá na nossa Vila do Sossego. Com família e amigos, curtimos um dia em que a chuva e o vento deram trégua para degustar mungunzá, milho e amendoim cozidos, bolo de pamonha, paçoca, tortano, carne louca e palha italiana (estes três últimos acréscimos paulistanos ao menu). Sylvia e Rodrigo ainda trouxeram salgadinhos e licor, e a festa estava armada, com direito a bandeirolas e balões. Tudo um amor!
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quinta-feira, 22 de junho de 2017
Creme de leite que bate chantilly e dura mais - Piracanjuba me fez feliz!
Já comentei aqui sobre minha dificuldade de encontrar em Salvador e arredores creme de leite fresco para preparar receitas específicas (sorvetes, chantilly). As poucas vezes que encontrei, metade delas o creme já estava virando manteiga. Isso para não dizer que custa caríssimo.
Qual não foi, então, minha felicidade ao deparar com esse produto da Piracanjuba, um creme de leite de caixinha com 35% de gordura? Isso mesmo, 35%! O mínimo para bater chantilly, como o próprio produto indica na embalagem.
Tinha comprado 3 caixinhas para experimentar quando encontrei no blog do Prato Fundo um comentário do Victor Hugo a respeito do produto. Ele provou e aprovou o creme, inclusive porque os aditivos que contém são permitidos por lei (diferentemente dos usados pelo produto congênere da Nestlé, que também nunca usei).
Eu preparei ontem, mas algo não deu certo com o uso do sifão, e o creme não chegou a virar chantilly. Vou depois fazer na batedeira mesmo, mas tudo indica que dá supercerto.
Qual não foi, então, minha felicidade ao deparar com esse produto da Piracanjuba, um creme de leite de caixinha com 35% de gordura? Isso mesmo, 35%! O mínimo para bater chantilly, como o próprio produto indica na embalagem.
Tinha comprado 3 caixinhas para experimentar quando encontrei no blog do Prato Fundo um comentário do Victor Hugo a respeito do produto. Ele provou e aprovou o creme, inclusive porque os aditivos que contém são permitidos por lei (diferentemente dos usados pelo produto congênere da Nestlé, que também nunca usei).
Eu preparei ontem, mas algo não deu certo com o uso do sifão, e o creme não chegou a virar chantilly. Vou depois fazer na batedeira mesmo, mas tudo indica que dá supercerto.
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segunda-feira, 19 de junho de 2017
De equipamento em equipamento, quase um bistrô
Ah, eu e os equipamentos!
Na última ida a SP, adquiri um sifão culinário, petitico, uma fofura, pela metade do preço. Estreei no sábado, aproveitando a visita dos amigos. Pena que o creme de leite que encontrei no supermercado já estava virando manteiga, porque a textura ficou perfeita. (E agora estamos precavidos para não dar banho nas visitas - Tai que o diga!)
Na última ida a SP, adquiri um sifão culinário, petitico, uma fofura, pela metade do preço. Estreei no sábado, aproveitando a visita dos amigos. Pena que o creme de leite que encontrei no supermercado já estava virando manteiga, porque a textura ficou perfeita. (E agora estamos precavidos para não dar banho nas visitas - Tai que o diga!)
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Calor dos amigos no frio baiano
Adoro receber os amigos. Mas é preciso insistir na prática, ou nos perdemos nos compromissos cotidianos. Não gosto de só prometer um café qualquer dia desses, gosto de reafirmar os afetos sempre que possível.
Fizemos um churrasquinho num dia de chuva teimosa. Até frio estava, para os padrões baianos e meus também. Mais importante que a comilança permeada pelo vento quase gelado foi poder ter Liu, Igor, Cinho e Tai com a gente, aquecendo os corações.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla