terça-feira, 3 de março de 2015

Cinema e gastronomia

Nas redes sociais, muita gente já fez sua lista de filmes favoritos ligados à gastronomia. A minha é apenas mais uma, e me vali de outras para pesquisar filmes a que não tinha assistido ainda.
Para quem gosta de cozinhar, principalmente, assistir a filmes sobre o ato de preparar pratos é sempre motivador e faz lembrar por que isso é sempre tão bom - pelos aromas, temperos, pela beleza do resultado final, pela relação que se estabelece com o outro nesse ato de amor, ainda que muitas vezes seja um amor pelo desconhecido.
O fato é que listar esses filmes é uma delícia, e pretendo engordar o grupo sempre que necessário. Para cada um, elejo um prato.

Who is killing the great chefs of Europe, de Ted Kotcheff (1978) - Uma comédia com clima de suspense à la Agatha Christie e participação de Jacqueline Bisset e Philippe Poiret. Ao redor do crítico gastronômico de uma revista, chefs internacionais são assassinados segundo a receita de seus pratos mais famosos. Prato da vez: como tudo é muito pesado (pombos, patos torturados etc.) no filme, fico com os queijos.

A festa de Babette, de Gabriel Axel (1987) - Um filme sobre gastronomia, mas também sobre a beleza da graça. A misteriosa Babette chega à costa dinamarquesa fugindo de uma guerra na França. Em uma triste e escura vila encontra Philippa e Martina, filhas de um pastor austero que continuam vivendo segundo os preceitos de seu pai, à frente de uma pequena comunidade. Acolhida por elas, Babette realiza grata e silenciosamente os serviços domésticos e surpreende aos moradores da vila (não sem recriminações, claro) com um banquete suntuoso. Prato da vez: baba ao rum.

O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante, de Peter Greenaway (1989) - O gângster Albert Spica (Michael Gambon) janta todos as noites no Le Hollandais com sua esposa Georgina (a sempre ótima Helen Mirren). Ela começa a flertar com outro frequentador do restaurante, e o que se segue é uma vingança à la Greenaway - cruel, mas com fotografia sempre plástica e impecável. Prato da vez: abacate ao vinagrete e camarões.

Tomates verdes fritos, de Jon Avnet (1991) - Uma celebração à amizade, um filme sobre superação feminina e também um food movie, tudo junto. Mesmo anos após a morte de seu irmão, a rebelde Idgie (Mary Stuart Masterson) vive isolada de todos, até a aproximação de Ruth (Mary-Louise Parker), namorada de seu irmão à época do acidente que o matou. Juntas, abrem um café cujo prato principal são os tomates verdes fritos. O racismo (a história se passa no sul dos Estados Unidos) e a opressão feminina também estão presentes nesse filme delicado, fortalecido pela atuação de quatro ótimas atrizes: Masterson, Parker, Jessica Tandy e Kathy Bates. Prato da vez: tomates verdes fritos.

Delicatessen, de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro (1992) - Humor negro, uma pitada de violência e apocalipse. Na verdade, um filme sobre a falta de comida - talvez algo próximo do que estamos vivendo, com a falta de água no país! A falta de alimentos é tamanha que eles viram, por completa ironia, moeda de troca. O que comer, então? Que tal o seu inquilino? Prato da vez: quibe cru.

Como água para chocolate, de Alfonso Arau (1992) - Na minha opinião, o filme em que a relação entre cozinhar e amar é mais clara - talvez por ser um filme latino-americano. A jovem Tita cresceu em meio a panelas e temperos e tem o dom de transmitir seus sentimentos aos pratos que prepara. Apaixonada por Pedro, tem que aceitar que ele se case com a irmã mais velha, em respeito a uma tradição/maldição familiar. Mas o amor transborda, e daí... Prato da vez: bolo Chabella.

Comer, beber, viver, de Ang Lee (1994) - Um célebre chef chinês aposentado precisa aprender a lidar com suas três filhas após a morte da esposa. Acompanhamos a vida amorosa das três jovens e sua relação às vezes conflituosa com o pai enquanto assistimos maravilhados à mágica que se opera na cozinha do chef Chu - molhos misteriosos, sabedoria culinária e pratos lindos que surgem ao levantar de uma tampa atiçam a fome de qualquer espectador. Prato da vez: dim sum (um bolinho cantonês que lembra guioza).

Chocolat, de Lasse Hallström (2000) - O filme é americano, o diretor é sueco, mas o ambiente é francês. E a protagonista, la belle Binoche, também, na figura de uma chocolatière que aterrissa em uma cidadezinha durante a Quaresma para abrir sua loja de chocolates. Não é um dos meus roteiros favoritos - Juliette Binoche mal fala! -, mas a sedução está no ar (com a ajuda de Johnny Deep) e na loja de bombons exóticos que sacode a rotina dos habitantes da pequena cidade francesa. Prato da vez: trufas de chocolate.

O tempero da vida, de Tassos Boulmetis (2003) - Embora a ideia seja boa, o filme é fraquinho (direção maomeno, talvez?), mas me atraiu pela temática dos temperos. O garoto Fanis vive na loja de temperos do avô, com quem aprende os segredos das especiarias e da vida. Quando os gregos são expulsos da Turquia, em 1964, o garoto precisa se separar do avô, indo morar na Grécia com os pais. Lá ele se torna um especialista em gastronomia. Prato da vez: moussaka ou qualquer um que leve canela, muita canela.

Sideways (Entre umas e outras), de Alexander Payne (2004) - Talvez um dos melhores filmes do Paul Giamatti, que vive o melancólico Miles, um escritor frustrado e apreciador de vinhos que não consegue aceitar o fim de seu casamento. Ele acompanha o amigo Jack (o hilário Thomas Haden Church) em sua despedida de solteiro, uma viagem por vinhedos da Califórnia onde muita coisa pode acontecer. Prato da vez: na verdade, vinho: Pinot Noir.

Um bom ano, de Ridley Scott (2006) - O empresário workaholic inglês Max Skinner (Russell Crowe) herda uma vinícola do tio (Albert Finney), com quem não falava há anos. Ele viaja à Provence para logo se desfazer da propriedade, mas acaba se encantando com o lugar e rememorando as lições que teve com o tio, inclusive a de como produzir e saborear um bom vinho, além, é claro, de encontrar a linda Marion Coutillard por lá. Prato da vez: bouillabaisse.

Ratatouille, de Brad Bird e Jan Pinkava (2007) - A fofurice do ratinho chef aliada à perfeição técnica da animação são a receita do sucesso. Rémy é um ratinho com apurado senso gourmet. Ele vive em uma grande comunidade de ratos em Paris, sonhando em trabalhar em uma cozinha de verdade, até conhecer o assistente de cozinha Linguini. Seguindo a máxima do chef Gusteau, pai biológico de Linguini, Rémy luta para provar que "qualquer um pode cozinhar". Prato da vez: ratatouille.

Sem reservas, de Scott Hicks (2007) - Remake do filme alemão Simplesmente Martha, de 2001 (este eu não vi). A linda Catherina Zeta-Jones vive uma chef durona na cozinha e pouco feliz na vida pessoal. A sobrinha órfã (Abigail Breslin) e um charmoso chef de gastronomia italiana (Aaron Eckhart) vão encher sua vida de novas emoções e sabores. Prato da vez: pizza feita em casa.

Estômago, de Marco Jorge (2008) - Nonato (João Miguel) é um imigrante nordestino que chega a São Paulo em busca de uma vida melhor. Ao trabalhar em um boteco, descobre seu talento para a cozinha com uma maravilhosa coxinha disputada pelos clientes. Ele ascende profissionalmente, mas logo a paixão pela prostituta Íria (Fabiúla Nascimento) vai lhe trazer problemas. Prato da vez: coxinha.

Bottle Shock (O julgamento de Paris), de Randall Miller (2008) - Baseado em fatos reais, o filme conta o início da indústria vinícola no Napa Valley, Califórnia, e como um vinho norte-americano chamou a atenção do mundo pela primeira vez, ao receber uma certificação francesa. Prato da vez: qualquer um que combine com o vinho Chateau Montelena ou um californiano mais modesto.

Julie & Julia, de Nora Ephron (2009) - Um dos meus favoritos sobre o tema - ainda por cima, estrelado pela maravilhosa Meryl Streep como Julia Child. Para fugir ao enfado de sua vida cotidiana, a jovem jornalista Julie (Amy Adams), que trabalha como atendente de telemarketing, cria um blog com o desafio de preparar todos os pratos do livro clássico de Julia Child (uma espécie de Dona Benta mais sofisticada dos Estados Unidos). As duas histórias se cruzam, e é divertidíssimo conhecer o lado competitivo de Child ao vê-la descascar montanhas de cebola para vencer os colegas de Cordon Bleu. Prato da vez: boeuf bourguignon, bien sûr.

Soul Kitchen, de Fatih Akin (2009) - Um jovem grego em Hamburgo resiste ao aburguesamento de seu bairro e tenta conduzir aos trancos e barrancos seu restaurante, até encontrar um chef recém-demitido que transformará sua cozinha. Prato da vez: mousse de chocolate branco (receita da ICKFD).

Les saveurs du palais, de Christian Vincent (2012) - A chef Florence (Catherine Frot) é levada de sua fazenda em Périgord para o Palais de l'Elysée com uma missão secreta: preparar o menu do próprio presidente da República. O que se segue é um desfile de pratos maravilhosos, preparados com maestria e ingredientes "da terra" pela única mulher a cozinhar no palácio, o que angaria o rancor dos demais cozinheiros. Prato da vez: filé em crosta de sal.

Chef, de Jon Favreau (2014) - Jon Favreau dirige e atua neste delicioso filme sobre gastronomia, food truck, família, estrada etc. O chef Carl Casper resolve voltar a ser um chef criativo e, por isso, se desentende com seu patrão. Seguindo o conselho da ex-mulher, compra e reforma um trailer e sai pelas estradas norte-americanas cozinhando o que lhe apetece, em companhia do filho e de um antigo empregado. Prato da vez: sanduíche cubano (receita da Folha).

A 100 passos de um sonho, de Lasse Hallström (2014) - Outro filme do diretor sueco e com a grande Helen Mirren, agora no papel de dona de um restaurante no sul da França. Madame Mallory (Mirren) não vê com bons olhos a chegada de uma família indiana que pretende abrir um restaurante bem em frente ao seu, que já detém uma estrela Michelin. O sonho de Mallory é conseguir outra estrela, e o jovem e talentoso Hassam (Manish Dayal), o gourmet da família indiana, pode atrapalhá-la. Prato da vez: omelete (para avaliar o talento dos chefs, Mallory pede que lhe preparem uma omelete).

P.S.: Já vi em uma lista de food movies menção a O filho da noiva (por conta do tiramisù do restaurante de Darín), mas não o considero um filme sobre gastronomia. Se a questão fosse apenas a ação se passar em um restaurante ou mencionar um prato, nisso deveria ser lembrado, por exemplo, Azul é a cor mais quente, em que a personagem de Adèle Exarchopoulos tem fissura por uma macarronada nada gourmet.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Vida real II

É incrível como Zen é capaz de miar por 2 horas seguidas para me acordar. 
Acabo acordando com o miado monocórdio, chato de doer. 
Nem tomo o suco verde pela manhã. Uma ansiedade misturada com azia, medo de entrar em pânico, tem me tomado na última semana. 
Edito a duras penas um texto truncado. Tiro um cochilo no meio da tarde, talvez o sono da autossabotagem. Respondo a autores, marco na agenda que amanhã será o dia exclusivo de acertos do cronograma. Hoje, só edição. Começo a limitar meu acesso a e-mails e Facebook - reservo determinados momentos para ambos, não mais o tempo todo.
Almoço a comida árabe de ontem. Um buraco no estômago permanece - a ansiedade quase pânico. Não saio para caminhar. Tenho vontade de sumir, esquecer as contas a pagar. Mudar de nome, de profissão, mas continuar sendo eu mesma. Às vezes, quero que o dia tenha 30 horas; hoje, só queria ser rica para não ter que dar muita satisfação.
Respiro fundo para continuar a trabalhar.
Recebo a notícia de que uma amiga querida, ex-chefe, está internada, em coma induzido. Meu coração escurece. 
Indiferente a tudo isso, outro dia termina.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Semipesto de pistache

Pistache, como já disse, é uma coisa cara. De 150 a 170 reais o quilo. Então, melhor não desperdiçar, certo?
Como inventei de fazer novamente o sorvete da La Cucinetta, desta vez sendo mais obediente, coando duas vezes a mistura etc., me deparei com aquela pasta que sobrou na peneira. Seria um crime gastronômico-financeiro não fazer nada com ela.
Primeiro pensei em doces, depois decidi pelo pesto. Pesquisando um pouco, cheguei a uma receita de pesto de pistache da Technicolor Kitchen. A diferença no preparo, além das minhas tradicionais mudanças nas medidas, foi o pistache estar batido com um pouco de leite, já que, como disse, foi o "bagaço" do sorvete. Ah, sim: também não usei espaguete ou talharim.
Bueno, bati dois dentes de alho sem casca no processador, umas 2 colheres de sopa de azeite (achei desnecessário mais, uma vez que já havia a base cremosa), uma pitada de sal, 1/2 xícara das folhas de manjericão branqueadas e secas e logo em seguida o creme de pistache (devia ter 1 e 1/2 xícara de chá). Como não coloquei muito manjericão, chamei-o de semipesto.
Ficou simplesmente divino. E eu me senti super-ecológica pelo não desperdício de comida.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Croissants



Estava há tempos ensaiando, e hoje fiz. Receita do Olivier Anquier. Diferentemente da medialuna, não leva leite nem ovos - talvez por isso o folhado fique mais crocante. Folhado, aliás, perfeito - só colocaria mais um pouco de sal. E, claro, vou treinando até chegar à forma tradicional (ou não).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Curso de make com Adriana Galindo

Eu posso até esquecer de fazer as unhas, mas tinha que fazer o curso de maquiagem da Adriana Galindo, que foi minha companheira de Bienal e de Brasil 500.
A Adriana é formada em Artes Plásticas, pinta aquarelas lindas, mas parece que encontrou sua vocação como maquiadora e professora de maquiagem. Passamos uma manhã juntas e ela me deu milhares de dicas gerais e específicas para fazer o make perfeito. Isso além de matar a saudade batendo papo.
Quando voltei para casa, não tive coragem de tirar a maquiagem linda e trabalhei assim. Nunca meus olhos estiveram tão abertos!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Vida real

Miados às 6 da manhã. Viro para lá e para cá e tento dormir só mais um pouquinho... Miados mais fortes (estarão sem comida?); os cães da rua parecem se juntar a eles para compor uma sinfonia animal. Barulho de caminhões, as obras ao redor iniciam seu ruído. A vizinha da casa da frente vem para o portão, conversar ao celular em voz bem alta. Passa a senhorinha com seu cachorro - os cachorros vizinhos não são simpáticos ao vê-lo; mais latidos, agora inamistosos.
Sou vencida pelos barulhos matinais. Depois da ração dos gatos, meu suco verde. Coar ou não coar? Hoje resolvo não coar. Escovar dentes, passar protetor solar, trocar de roupa, calçar tênis. Saio pra caminhar, mas abrevio a caminhada, para não perder "tanto tempo". As mesmas pessoas no parque e na rua. No caminho de volta, muitas obras sobem ao céu. Logo não terei parte da minha vista do escritório. Por sorte ainda há casas em frente, inclusive a da vizinha que fala muito alto ao celular.
Um banho rápido, pois é preciso economizar água. Nunca achei que tomaria banho frio sem reclamar na minha própria casa. Mudança de paradigmas, como o carrinho de feira, que achei que nunca usaria pelo meu horror aos carrinhos que passam sobre meus pés quando vou à feira.
Café com torradas - faz dias que não me animo a fazer pão. Os levains estão desfalecidos na geladeira; qualquer hora preciso alimentá-los só para que não sucumbam de vez. A geladeira, aliás, está quase desfalecida, e não só por seus 14 anos de uso - faz uns dias que não consigo ir à feira, logo eu, que fiquei tão animada porque meu lixo orgânico está mais ativo que o reciclável. Andei comendo comida amarela de novo, nesses dias. Carboidratos, doces. Mesmo sabendo que isso pesará junto comigo na balança - a tentação da alegria mais fácil.
E-mails de autores - atrasos, dúvidas ou simplesmente avisar que fizeram a entrega no drive. Escrevo e edito o manual para os preparadores, volto às pautas, leio os capítulos entregues pelos autores. Dou broncas, de vez em quando digo que tudo bem. Continuo sem assistente. Os gatos dormem no sofá-berço; às vezes me observam com olhos semicerrados, fazem charme quando me aproximo, erguem a barriga para eu acariciar. Se eu fumasse, fumaria nessa hora, quando me ergo para me espreguiçar e fazer um chá, já que agora tomo café só pela manhã. Atendo a um autor pelo Skype.
Está difícil emagrecer, mesmo com a geladeira meio às moscas. Cadê os efeitos do suco verde? Quando for possível, preciso voltar à academia, talvez praticar alguma luta para reanimar. Ioga é ótimo, mas é bom para acalmar a mente, não para agitar o corpo. Chega também o momento em que preciso de mais ordem na minha vida.
Passo roupa durante o jornal da noite; os gatinhos pulam para alcançar cordões soltos. Depois volto ao escritório para escrever o trabalho da pós. O cérebro parece destreinado. As palavras não parecem querer se juntar. Releio coisas que escrevi para outros trabalhos, acho tudo uma droga. Resolvo não aproveitar nada das ideias passadas e me concentro para não escrever alguma besteira. Faço o que é possível, mesmo sabendo que pode ser pouco. Uma amiga quer marcar um almoço - para depois do feriado. A ver. Amanhã preciso pagar impostos.
Outro banho curto, agora morno. Vou para o quarto ler um pouco antes de dormir, um livro sobre história da alimentação.
Olho para minhas mãos. Caramba, esqueci de fazer as unhas de novo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Lasanha de berinjela e cabotia

Eu não compro mais nada da Barilla, depois dos comentários preconceituosos da empresa contra o público LGBT. Mas tinha uma caixa de lasanha da marca na despensa há um tempão, e fiquei com pena de jogar fora.
Hoje quis fazer a tal lasanha, em princípio com abobrinha e berinjela, mas a abobrinha já tinha passado do ponto - por mais que eu esteja combatendo o desperdício, nem sempre dou conta de tudo o que compro na feira.
Achei que só a berinjela daria uma lasanha muito magrinha. Então resolvi colocar lascas de cabotia, e finalizar com molho bechamel, cuja doçura combinaria com a abóbora. Eu gostei bastante do resultado!

Ingredientes (para 1 pessoa e meia):
- 2 lâminas de lasanha precozida
- 1 berinjela média cortada em lâminas (usei meu mandoline chinês)
- 1 xícara (chá) de abóbora cabotia em lascas finas (também usei o mandoline)
- 1 lata de tomate pelatti
- 1 xícara (chá) de leite
- 1 colher (sopa) de manteiga sem sal
- 1 colher (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (chá) de canela em pó
- 1 pitada de noz-moscada
- 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado na hora
- sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo:
Em uma panela, tempere o tomate pelatti com sal, pimenta e canela e cozinhe-o por cerca de 10 minutos. Unte um refratário (eu usei o menor que tinha) com um pouco de azeite, coloque uma primeira colherada de molho de tomate, cubra com uma lâmina de lasanha, passe sobre ela um pouco de molho de tomate, cubra com berinjela e abóbora, mais molho, um pouco de parmesão. Repita a operação com a outra lâmina de lasanha, terminando de cobrir a berinjela e a abóbora com o molho de tomate. Prepare o molho bechamel, fazendo o roux com manteiga e farinha e acrescentando aos poucos o leite e temperando com sal e noz-moscada - uma boa maneira de não deixar empelotar é mexer vigorosamente com o fouet. Cubra a lasanha com o molho bechamel e o parmesão restante e leve ao forno por 25-30 minutos.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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