segunda-feira, 10 de julho de 2017
Uzi, enfim!
Amo uzi, aquele bolo folhado recheado com carne de cordeiro, arroz, castanhas e especiarias. Só encontrei no Halim, em São Paulo, esse delícia árabe, e por muito tempo nunca havia visto a receita na internet.
Outro dia, porém, comentando com o marido sobre a iguaria, lembrei de procurar novamente a receita. E não é que encontrei mais de uma ocorrência? Acabei juntando duas que encontrei, uma da revista Prazeres da Mesa e outra do site Arabesq, que tem diversas receitas árabes tradicionais.
Cheguei numa terceira, e o recheio ficou maravilhoso, com acém moído, castanha de caju, pimenta síria preparada na hora, summac, alho e cebola. A massa folhada laminada da Arosa, claro, sem maiores segredos. E então pincelei a massa já recheada com gema levemente batida e manteiga, e logo tivemos dois bolos gigantes (tão grandes que resolvemos dividir um e guardar o outro).
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Uma semana como deve ser
Palestra de Mia Couto na companhia da sogra, Mulher Maravilha no cinema e o melhor modelito do filme, jantar preparado pelo marido, bordado, pedal e descoberta de trilha massa na Praia do Forte. Só faltou uma fotinho pro show da banda Spectro, que faz tributos a Pink Floyd.
Assim.
Assim.
domingo, 2 de julho de 2017
Bordado sem filtro ou Organizando a bagaça ou Como evitar o emburrecimento precoce
Voltei a bordar, depois de remexer nos trabalhos guardados. Re-retomei o projeto começado lá com a Sávia Dumont, da mandala pessoal. O pano já tinha ficado manchado e marcado pelo bastidor - agora tudo faz parte de sua história de espera.
Furei três vezes os dedos. Apanhei um pouco para lembrar de pontos básicos. Desfiz algumas vezes. Coloquei as linhas que pretendo usar em cada parte, já imaginando a distribuição de cores. Repensei a posição das imagens a bordar.
Hoje alinhavei o contorno, para facilitar o trabalho e começar a parte divertida. Ficou imperfeito e bonito.
Certamente por conta da retomada do bordado, voltei a ler. Do zero, Michael Pollan, com pinceladas de Campbell. Anotei pensamentos para um livro/projeto. O momento é agora, antes que eu emburreça de vez e nem tenha mais o que dizer. O que seria uma pena, pelo amor que tenho ao conhecimento.
Algo me diz que logo virá um novo contato - direto - com educação.
Furei três vezes os dedos. Apanhei um pouco para lembrar de pontos básicos. Desfiz algumas vezes. Coloquei as linhas que pretendo usar em cada parte, já imaginando a distribuição de cores. Repensei a posição das imagens a bordar.
Hoje alinhavei o contorno, para facilitar o trabalho e começar a parte divertida. Ficou imperfeito e bonito.
Certamente por conta da retomada do bordado, voltei a ler. Do zero, Michael Pollan, com pinceladas de Campbell. Anotei pensamentos para um livro/projeto. O momento é agora, antes que eu emburreça de vez e nem tenha mais o que dizer. O que seria uma pena, pelo amor que tenho ao conhecimento.
Algo me diz que logo virá um novo contato - direto - com educação.
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sexta-feira, 30 de junho de 2017
Criar para saber-se
Acho que poucas coisas são tão importantes quanto criar. Um ser, um projeto, um prato, o que for. Não simplesmente executar uma tarefa, mas estar presente na concepção/composição/evolução todo o tempo. Respirar junto até que se venha à luz.
Talvez por isso tenha me ocorrido que criar é a melhor forma de saber-se. Quem eu sou? Do que sou capaz? Como minha alma devolve ao mundo o que vejo e sinto? Como sinto o que vejo, o que ouço, o que toco? Minha criação fala por mim.
Já contei aqui que comecei a bordar inesperadamente e sem nenhuma noção do que fazer em seguida. Simplesmente comecei a fazer. Naquele momento, a alma borbulhante pedia linha, agulha e tecido para contar de si, de mim. E eu fui gostando do que via, quase não surpreendida de já ter logo me metido a bordar - como um saber ancestral, atávico, que estivesse lá no fundo guardado, adormecido. Não que haja grande técnica no que faço, mas minha verdade lá está, coloridamente rústica. É o que me basta.
Entonces hoje quis pegar nos paninhos bordados, olhá-los bem de perto, alisá-los. Para saber-me de novo, para lembrar quem sou, de tudo que sou capaz.
E gosto do que vejo no sentido-bordado, e sei-me menina, rio, música, flamboyant.
Talvez por isso tenha me ocorrido que criar é a melhor forma de saber-se. Quem eu sou? Do que sou capaz? Como minha alma devolve ao mundo o que vejo e sinto? Como sinto o que vejo, o que ouço, o que toco? Minha criação fala por mim.
Já contei aqui que comecei a bordar inesperadamente e sem nenhuma noção do que fazer em seguida. Simplesmente comecei a fazer. Naquele momento, a alma borbulhante pedia linha, agulha e tecido para contar de si, de mim. E eu fui gostando do que via, quase não surpreendida de já ter logo me metido a bordar - como um saber ancestral, atávico, que estivesse lá no fundo guardado, adormecido. Não que haja grande técnica no que faço, mas minha verdade lá está, coloridamente rústica. É o que me basta.
Entonces hoje quis pegar nos paninhos bordados, olhá-los bem de perto, alisá-los. Para saber-me de novo, para lembrar quem sou, de tudo que sou capaz.
E gosto do que vejo no sentido-bordado, e sei-me menina, rio, música, flamboyant.
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quarta-feira, 28 de junho de 2017
Canetitas
O marido reclama sempre que não tenho canetas que funcionem. Hoje comprei três, duas de marcas que conhecia por outros produtos - Compactor e Tilibra. E uma Pilot só para manter a tradição, embora de modelo bem diferente do usual.
Pronto, mon mari, estou novamente abastecida para seus empréstimos.
Pronto, mon mari, estou novamente abastecida para seus empréstimos.
Quando coisas lindas acontecem para outras coisas lindas acontecerem

Daí, porque venho ouvindo de novo a mim mesma e pensando sobre o que ouço, lá vem o Universo-Deus fazer lembrar e sacudir a poeira. Xô, marasmo!
Meu enteado, que veio nos visitar, comentou que sua avó ia ver Mia Couto, mas não sabia em que lugar de Salvador. Fiquei interessada, mas logo esqueci. E ontem, lá veio dona Dora buscar o neto para um passeio - e qual foi o primeiro comentário que ela fez, toda feliz? Que ia ver Mia Couto, no TCA. Meu interesse se reacendeu, perguntei dos ingressos, como comprar etc., mas ela fez um ar pouco animado do tipo "já devem ter acabado".
De fato, em seguida procurei na internet e li no site de compra a terrível palavra: "ESGOTADO". Ou seja, Mia Couto e eu, juntos em Salvador, no aconchego intelectual do TCA, never more.
Mas eis que lá vem o Universo atrever-se, e ontem mesmo, à noite, recebo uma ligação de dona Dora, animada-espantada dizendo que o tal do Universo conspirara e que sua irmã ligara para oferecer a ela dois ingressos para ver Mia Couto no TCA que acabara de ganhar de CORTESIA. Cortesia, palavra linda, sinônimo de gentileza, amabilidade, gesto delicado, presente, mimo - foi tudo isso que dona Dora me ofereceu ontem. E que hoje fui buscar, e vou oferecer também à minha sogra, que bem merece uma cortesia de vez em muito.
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sábado, 24 de junho de 2017
Primeiro arraiá da Vila
Trabalhei normalmente esses dias em que todo mundo já estava parando, parando, mas dediquei umas horas a preparar um arraiá na nossa Vila do Sossego. Com família e amigos, curtimos um dia em que a chuva e o vento deram trégua para degustar mungunzá, milho e amendoim cozidos, bolo de pamonha, paçoca, tortano, carne louca e palha italiana (estes três últimos acréscimos paulistanos ao menu). Sylvia e Rodrigo ainda trouxeram salgadinhos e licor, e a festa estava armada, com direito a bandeirolas e balões. Tudo um amor!
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- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla