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sábado, 29 de maio de 2021

Desafio (bor)dado

Depois da semana com as meninas Dumont, retomei o bordado. Primeiro, finalizando meus poucos trabalhos, pra mandar emoldurar e virar essas páginas. Depois, adquirindo outros insumos, como as linhas de cores metálicas da Cairel e da Silko (ambas distribuídas pela Corrente) para novos projetos, como o do vestido bordado. 
Sempre gostei de roupas bordadas, e tinha algumas peças da Brazoo com bordados singelos. Anos depois, conheci o site das bordadeiras de Penedo, Alagoas, o Pontos e Contos, em que elas apresentam blusas, saias, camisas e vestidos bordados lindamente, via de regra com a temática do rio São Francisco. Até me arrisquei a perguntar quanto custava um vestido daqueles, e quando ouvi a resposta achei que deveria eu mesma tentar bordar o meu. Não porque não ache que valha cada centavo dos 750 reais pedidos, mas porque integro a categoria intelectuais sem plano de saúde, ou seja, o que não for gasto do que ganho ou vai pra doações, ou vai pra poupança emergencial. 
Portanto, fui atrás das linhas indicadas pelas Dumont e de um vestido que pudesse bordar. Acabei achando um de linho misto da Hering, em promoção, maravilha dupla (o tecido e o preço). Agora é abraçar o desafio. 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Éclair anos depois e polpetone

Fiz éclair só uma vez em casa, há alguns anos, e me pareceram satisfatórios. Segui a receita do livro do Sebess de confeitaria. 
Aí resolvi repetir, mas seguindo uma receita da Dani Noce, que pra mim é uma guru da confeitaria e podia dar umas dicas preciosas. 
Segui o máximo que pude a receita, e não deu certo. A massa embatumou. Fiz de novo. Embatumou de novo. Consultei o site da Raiza Costa, meu livro da Ladurée, o livro do Sebess, pra ver onde tinha errado. Com exceção do livro do Sebess, todo mundo falava em fazer a massa perder vapor para ficar mais sequinha e assim criar os alvéolos próprios da pâte à choux. Tinha a questão do tempo e da temperatura também. Não me lembrava nem do vapor nem da demora no forno. Mas segui as novas dicas. 
A massa, na terceira vez, cresceu, murchando só um pouco na saída, após quase 40 minutos. Creio que não se deve tirar do forno em tempo nenhum (embora a Dani diga pra se fazer isso para furar o fundo e devolver os éclairs ao forno). Também a velocidade da batedeira deve contar - usei a de mão, que é muito mais rápida que a grande, e isso pode ter aumentado as cadeias de glúten, o que, imagino, não é desejável. 
Fiz um creme de confeiteiro delicioso, mas acabei doando pra sogra, já que entre as duas primeiras tentativas e a terceira se passou uma semana, e eu não queria jogá-lo fora. Na terceira tentativa, fiz um outro, outra receita, que não ficou tão consistente. O fondant também poderia ter ficado mais firme. 
Mas, enfim, ficou gostoso. Não perfeito, mas aceitável para sobremesa de um jantar e melhor que a da Perini. 
Aliás, o jantar foi realmente salvo pelo polpetone, que fiz rapidinho, pá pum, inclusive usando na massa de carne um pouco de pâte à choux encalhada. Pimenta, sal, um pouquinho de mostarda Dijon, uma gema, e filetes de queijo no meio. Muito molho em volta, e levei para assar uns 30 minutos. Ficou muito, muito bom. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Senhora das demandas e cookies de peanut butter e torta holandesa

É praxe meu marido me perguntar se consigo fazer determinado prato ou sobremesa. Assim é desde que nos conhecemos. Começou com a feijoada.
No final da semana passada, ele perguntou de novo se eu saberia fazer cookies de peanut butter, iguaria que ele experimentou ainda criança nos tempos da escola americana. Mas no dia seguinte emendou com a torta holandesa. Eu já tinha me mobilizado para os cookies, mas resolvi acolher a torta, que adoro e nunca tinha feito.
De posse de uma receita de cookies da La Cucinetta e de uma de torta holandesa da Dani Noce, organizei os ingredientes. Fiz os cookies num dia, a torta holandesa para nosso almoço familiar dominical - dividindo assim todo aquele açúcar e gordura. Guga amou os cookies; eu gostei mais da torta holandesa e do creme musseline, que fiz pela primeira vez. 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Desafio da vida inteira

Mais um desafio que pintou nas redes sociais foi o de postar uma foto PB de si mesma e convidar outras "mulheres maravilhosas" a fazê-lo. Acho que a ideia era que fosse algo mais natural, sem muitos retoques, mas tem de tudo nas redes, algumas naturais e muitas muito retocadas.
Bom, uma hermana me convidou. E lá fui eu fazer selfie, toda sem graça. Acabei tirando de dentro a graça em si, e o sol e o vento vieram fazer parte da composição. Depois converti a imagem em PB. 
Isso me fez lembrar quanto tempo demorei para aceitar minha imagem, na verdade, quanto tempo demorei a aceitar me ver no espelho. Sou grata às feministas de ontem e hoje, que têm derrubado os estereótipos da imagem feminina, entre outros. Hoje me vejo, e gosto do que vejo porque sei quem sou. Se alguém não gostar, realmente não é problema meu. 

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Desafio das redes - mil livros favoritos

Outro fenômeno desses tempos de pandemia, além do pão, são os desafios - dez álbuns, dez livros, dez filmes, dez cenas televisivas, dez obras de arte, dez artistas. Quer dizer, isso volta e meia já aparecia no Facebook, acredito que em outras redes sociais também, mas agora virou uma regra que todo dia algum amigo esteja cumprindo o desafio dado por outro amigo. Melhor que as "correntes", é importante dizer.  
Bueno, em um mês, ou pouco mais que isso, recebi o desafio de listar dez livros favoritos, vindo de três amigas diferentes, todas tão queridas. Me senti um pouco culpada, mas não dei conta de ficar postando a cada dia um livro e desafiando mais gente a postar - há uns dois anos, ainda fiz isso, postando filmes e séries, só que agora não tenho tempo nem ânimo nem foco. 
No entanto, é sempre bom parar para pensar nos nossos livros - ou filmes, ou artistas, ou obras, ou álbuns - de formação. Então hoje me dediquei a um brainstorm de obras que me marcaram em diferentes momentos da vida. Foi bom para perceber que há ainda poucas mulheres nessa lista, algo a se corrigir. 
Por que amamos um livro? Por que ele nos toca, nos incomoda? Fiquei me lembrando, dessa breve lista que acabei fazendo, do encontro com cada um, de ter ficado sem ar diante de alguns (A trégua, O amor nos tempos do cólera, A máquina de fazer espanhóis, Há quem prefira urtigas), de ter tido uma epifania (A paixão segundo G.H., A sagração da primavera, Orlando, Esperando Godot, Ensaio sobre a cegueira), de ter me emocionado até as lágrimas (Éramos seis, Quando florescem os ipês, Por quem os sinos dobram, Campo geral, A paixão segundo G.H.), de ter sofrido junto (Vidas secas, Hibisco roxo, A trégua, A amiga genial, Ensaio sobre a cegueira, Livro do desassossego), de ter me revoltado (O processo, Vidas secas), de ter me encantado com o engenho das palavras (Campo geral, Terra sonâmbula, Orlando, Dom Casmurro, Esperando Godot, A máquina de fazer espanhóis), de ter me fascinado com a tessitura do enredo (Amphitryon, Contraponto, O xará, A metamorfose, Cem anos de solidão), de ter devorado o livro em busca do final (O escaravelho do diabo, A amiga genial). Muitas vezes, várias dessas coisas acontecem, como se vê, com um mesmo livro. 
Como não amar a leitura, que nos possibilita conhecer outros mundos e o nosso em profundidade? Realmente, me compadeço de quem gostaria mas não tem acesso a ela. Ainda voltarei a trabalhar com formação de leitores. 
Já aquelas pessoas que têm acesso mas preferem seguir na escuridão, só posso lamentar por elas. 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Vísceras, livros e ideias escalafobéticas

Passei os últimos dez dias encarando minhas vísceras. Talvez uma intoxicação alimentar, bactérias, excesso de gordura na comida, não sei. Pode ter sido a comida na praia, a salada que tive preguiça de lavar, o queijo frescal que, afinal, não estava tão fresco assim. Não sei. Só sei que às minhas pregressas experiências de mal-estar em Porto Seguro e Belém se juntou a do excesso de gordura que já cometi algumas vezes e desta vez, certamente, repeti. E então fiquei à base de simeticona, Eparema e Atroveran, Gatorade, lactobacilos, muita água - mas sem mudar muito a dieta (o que, junto à falta de exercícios por uma semana, por conta de chuva e mal-estar, já me devolveram um quilo à balança).
Só mudei mesmo a alimentação há uns dois ou três dias, comendo coisas menos temperadas e menos gordurosas, ingerindo menos fibras para não estimular ainda mais o peristaltismo enlouquecido.
Bueno, uma vez quase recuperada, recebi dois livros que comprei pela Amazon, um do sociólogo especialista em comida Carlos Alberto Dória e o da Raiza Costa, obviamente, de confeitaria. O dele me interessa pelas questões de origem da nossa culinária, hábitos comensalísticos e que tais. O dela é uma coisa linda, colorida, cheia de receitas maravilhosas e provavelmente engordativas, mas irresistíveis.
Nessas horas, fico perguntando a mim e a minhas vísceras se não se trata de autossabotagem, querer me aprofundar (e me afundar) na confeitaria quando luto para eliminar uns bons quilos. Pode ser. Mas prefiro tentar usar isso para conquistar o trabalhoso autocontrole e o refinamento do paladar, ao me reservar aos quitutes que realmente valham a pena. No fundo, um espelho da vida que se vai bordando.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Esse mirante é meu, essa mirada é minha

Hoje pedalei novamente mais de 40 km. Mas, desta vez, foram 40 km de muito sobe e desce, na direção de Imbassaí. Na outra semana, fui até Malhada, depois da Praia do Forte. Me animei com as ladeiras que, embora longas, são menos íngremes que as de Pojuca-Praia do Forte.
Fui até o mirante de Imbassaí, uma vista incrível do litoral. Agora quero ir até Imbassaí, mais 3 km à frente.
Logo devo procurar algum grupo de pedal para essas saídas mais longas. Hoje mesmo o pneu furou assim que comecei a voltar do Mirante. Minha sorte foi ter cruzado com três ciclistas que se ofereceram para ajudar.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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