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sábado, 29 de maio de 2021

Desafio (bor)dado

Depois da semana com as meninas Dumont, retomei o bordado. Primeiro, finalizando meus poucos trabalhos, pra mandar emoldurar e virar essas páginas. Depois, adquirindo outros insumos, como as linhas de cores metálicas da Cairel e da Silko (ambas distribuídas pela Corrente) para novos projetos, como o do vestido bordado. 
Sempre gostei de roupas bordadas, e tinha algumas peças da Brazoo com bordados singelos. Anos depois, conheci o site das bordadeiras de Penedo, Alagoas, o Pontos e Contos, em que elas apresentam blusas, saias, camisas e vestidos bordados lindamente, via de regra com a temática do rio São Francisco. Até me arrisquei a perguntar quanto custava um vestido daqueles, e quando ouvi a resposta achei que deveria eu mesma tentar bordar o meu. Não porque não ache que valha cada centavo dos 750 reais pedidos, mas porque integro a categoria intelectuais sem plano de saúde, ou seja, o que não for gasto do que ganho ou vai pra doações, ou vai pra poupança emergencial. 
Portanto, fui atrás das linhas indicadas pelas Dumont e de um vestido que pudesse bordar. Acabei achando um de linho misto da Hering, em promoção, maravilha dupla (o tecido e o preço). Agora é abraçar o desafio. 

domingo, 7 de julho de 2019

Moda estandarte


Quando eu era menina, era moda usar macacão. Eu adorava. Tinha um apelo disco próprio da época. Eu tive um de tecido atoalhado verde-água que achava o fino. Tive um xadrez modelo mecânico de oficina. Já na faculdade, fui atrás de um mais curto e larguinho, de veludo cotelê creme. Mandei fazer um de shantung vermelho. Quando não encontrava os macacões, ia de salopete. Meu sonho era a jardineira jeans, mas achava que não me caía bem, por não ser alta e magra. 
O macacão saiu de moda por um bom tempo, e voltou há pouco, algumas vezes como uma peça elegante e sóbria. Mesmo despojado, sempre dá a impressão de uma roupa mais "arrumadinha". Isso para não falar da praticidade. 
No último rolê paulistano, acabei encontrando alguns que, além de elegantes-despojados, trazem ainda por cima uma bandeira linda. São peças do Atelier Luiza Pannunzio, que substituiu suas etiquetas de tamanho por elogios às mulheres, vejam só. Como não são estampados, são peças para durar, não associadas à grande indústria têxtil, e sim feitas de modo artesanal. Para arrematar, diretamente envolvidas com o pensamento de resistência e solidariedade femininas.  
É muito bom usar uma roupa que veste bem, envolve corpo e alma e grita aos quatro ventos a sua verdade - não a de uma marca, mas de uma pessoa. Um estandarte, que veste e revela. 

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Onde cabemos ou Da poesia de viver

Assim como algumas vezes nos decepcionamos ao tentar vestir algo e perceber que não nos cai bem, acontece também de, numa só tacada, vestirmos roupas que parecem terem sido feitas pra nós. Na semana passada, tive essa experiência em uma loja à qual nunca tinha prestado atenção. Vi na vitrine, quase indo embora do shopping, uma peça com estampa bonita, ao lado de outra também bonita. Depois, o cartaz de "promoção". Pensei: não custa dar uma espiada.
Para minha surpresa, havia muitas peças com minha cara, com preço mais acessível do que em outras lojas onde costumo comprar. Surpreendentemente, o que me caía bem era tamanho P. A vendedora, em nenhum momento, tentou me empurrar nada, nem me propôs combinações bizarras de roupas. Foi super atenciosa, ágil, eficiente e simpática. Pronto. Achei uma loja para chamar de minha.
No fundo, o que aconteceu na lojinha acontece na vida o tempo todo. Uma amiga das antigas, Cris, costumava dizer que só ficava "onde cabia sua alma". Eu tomei pra mim, já devo ter dito isso, tal verdade. Quando a coisa aperta, e a vida traz tempestade, traço meus planos de fuga A, B e C. E às vezes a vida vem num abraço, suave como a brisa. Tudo se encaixa, de forma natural - às vezes, tão natural que esquecemos de agradecer.
Viver é pura poesia. Nem sempre doce, nem sempre trágica - poesia.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Coisas lindas da Perky e o sucateamento dos Correios

Descobri a gaúcha Perky ainda em São Paulo, numa loja da Galeria do Rock que já nem existe mais. Comprei um modelo de alpargatas que lembrava estamparia japonesa, em tons de azul, lindo. Muito confortável, de ótima qualidade, só acabou porque realmente foi usado até o talo. Depois ganhei uma de Guga, navy, mais elegante, que evito usar em época de chuva porque é clarinha. Por fim, comprei outra, azul e tie-dye, pra variar, que também usei quase indefinidamente.
Guga sempre quis usar alpargatas, mas nunca achou no seu tamanho. Como descobri umas mochilas fofas no site da Perky, e queria parar de usar a do marido, aproveitei para comprar um par de alpargatas para ele.
A encomenda demorou muito a chegar, mas, quando entrei em contato com a loja, eles foram muito prestativos, e assim que entraram em cena os Correios liberaram a entrega. O mesmo, porém (e esta é a segunda parte do post), não aconteceu com uma compra que fiz para o Dia das Mães na Casa de Saron - as outras entregas foram bem rápidas, mas, desta vez, a coisa empacou. Até agora "o objeto não chegou à unidade", postado no dia 23 de abril. O que acho mais triste é o evidente sucateamento dos Correios, empresa que sempre funcionou tão bem - nem me considero prejudicada com o atraso, porque consegui comprar o que precisava por aqui, e era uma quantidade pequena. Triste que cada vez menos a gente possa ter certeza de qualquer coisa neste país, e até escolhas simples que fazemos no dia a dia estão à mercê da política praticada por uma corja que, não contente em roubar os direitos básicos de todos nós ao bem-estar social, se especializa cada vez mais em tomar a liberdade de escolha de quem ainda acreditava poder escolher alguma coisa.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Eu uso óculos!

Quando comecei a usar óculos, há muito, muito tempo, as armações eram horríveis. Eu até procurei uma igual à do Herbert Vianna (que provavelmente não combinaria comigo, mas era vermelhinha), porém não encontrei. Tive que me conformar com umas pesadonas, sem graça. Resultado: não usava nunca os tão necessários dois olhos extras.
Hoje, há armações pra todos os gostos, uma maravilha. Dá pra ser míope com estilo. E até o Robertão fez um tributo às mulheres que usam óculos (bem duvidoso, mas OK, ele se lembrou delas, de nós), mais otimista, de qualquer modo, do que a música do míope desajeitado, sucesso dos Paralamas nos anos 80.
E pensei em um dos motivos para eu gostar do Elton John, o cara dos milhares de óculos: saber usá-los com estilo, também como acessório, não só porque é preciso.


domingo, 23 de maio de 2010

Boas compras I - sapatos lindos da Blushoes


Pode ser que eu me arrependa da divulgação que vou fazer (por exemplo, encontrando uma loja vazia logo em seguida ao assalto da mulherada), mas não posso me furtar a comentar os maravilhosos sapatos da Blushoes, na rua Harmonia, 150, Vila Madalena.
Como muitos já sabem, a beleza me seduz. Sapatos também. Imagine então sapatos bonitos, com design contemporâneo e preço justo - sonho de consumo feminino enfim realizado.
Muito fácil se achar na loja bonita e bem organizada, especialmente com o atendimento solícito e simpaticíssimo do proprietário, Marcos Boghos. E já aviso: difícil, muito difícil sair de lá com um par só.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O lugar das unhas coloridas ao sol

Aha! Poucas semanas depois do meu post sobre as unhas amarelas, eis que surge Glorinha Kalil comentando a "moda das unhas coloridas" - não é que a mulherada usar amarelo, azul, verde e laranja nas unhas pegou? Conservadores de plantão, tremeis!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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