A massa que preparei e congelei outro dia foi nosso jantar hoje. Ficou ótima! Bastaram uns poucos minutos na água quente, com a massa ainda congelada, para termos uma refeição bem gostosa.
sábado, 25 de abril de 2020
Hamburgão com receita nova de pão australiano
Ei-lo! No tamanho certo pro hambúrguer de 200 g que uma amiga do pilates me apresentou.
Da próxima vez, vou usar só farinha branca, para ele ficar ainda mais leve, porque uma delícia ele já está.
Da próxima vez, vou usar só farinha branca, para ele ficar ainda mais leve, porque uma delícia ele já está.
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Bolo inglês borracho, crumble de maçã verde e novo pão de hambúrguer
Só experimentações de final de semana (já contando a sexta)!
A do bolo inglês, já tinha comentado, de que seguiria banhando com uísque um dos bolos que fiz. Não deu para esperar muito, acabamos comendo em menos de uma semana. Banhei umas três vezes, e ficou bem alcoólico, apesar de gostoso. Prefiro do outro modo, com uísque na massa, e deixado para provar no dia seguinte, quando fica perfeito.
Por sugestão do marido, usei maçã verde para o crumble, com especiarias e mel e uma farofa mais modesta em manteiga e açúcar mas com farinha integral no lugar da branca. Ficou uma delícia, embora eu tenha dado uma castigadinha no gengibre em pó.
E testei uma receita nova de pão australiano para o hambúrguer que vamos fazer daqui a pouco. Acabei usando um pouco de farinha integral, que a receita não pede. Também não leva açúcar mascavo, por isso fica mais clarinho. A ver o resultado.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Congelados, soja, Chauí e a importância do pensar
Acho que até o final da quarentena, sabe Deus quando será, terei me tornado a louca dos congelados. Ando querendo cozinhar, branquear e congelar tudo o que tem no armário. Quando vi que a ricota ótima que comprei estava prestes a expirar, fiz com ela um recheio para uma massa verde - cozinhei rapidamente, resfriei e congelei. Ia fazer quibe para congelar, então cozinhei toda a quinoa que tinha - mas soube por minha sogra que a proteína de soja é uma roubada; projeto quibe de soja, portanto, abortado. Mas daí tem a lentilha - que junto com a quinoa rende almôndegas, projeto novo da semana. Já estão na fila o feijão fradinho, o arroz branco e o milho para canjica. As bananas que vão amadurecendo rápido também são picadas em rodelas e congeladas. Dá pra congelar até repolho cortadinho, uma beleza. E o pesto, então? Não fico mais sem.
Até comprei uma bombinha para sugar o ar das embalagens plásticas, mais barata e mais ecológica que aquelas seladoras Polishop e congêneres; deve chegar na semana que vem, entonces o congelamento será pleno.
Além do ótimo curso de congelamento de alimentos do Senac, que me deu todas essas dicas, resolvi fazer, por indicação da minha amiga Simone, um curso sobre pensadoras da Casa do Saber (umas posições em Gêmeos no mapa astral explicam). Simone falou especialmente bem do curso da Marilena Chauí (na foto acima, de Bob Sousa) sobre Gilda de Mello e Souza e Clarice Lispector.
Nos últimos tempos, só me voltei para as pesquisas em gastronomia e leituras algo repetitivas de trabalho. Pouca literatura, quase nada de textos "de humanas". Putz, foi ver a Chauí no tal curso para eu me lembrar como isso é importante, essencial para mim. Como me emocionava ao ouvir algum professor dividindo seu conhecimento, falando com clareza, a coisa mais linda que há. Como me faz falta ler Clarice e tantas e tantos, ler pensadoras e pensadores tantos e tão competentes.
Temos sido soterrados por tanta tacanhice, ignorância, inverdade, que essa luz do conhecimento em nós acaba se apagando um pouco, por contato. Mas é de novo emocionante vê-la voltar a brilhar diante da palavra bem empregada, do tema fundamental, da importância do pensar para a existência. Voltamos a existir, somente por essa luz.
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sábado, 18 de abril de 2020
Sorvetando na quarentena
Aprimorei o sorvete com base de banana - desta vez, usei a mesma quantidade de banana congelada e de polpa de morango, com um tico de açúcar demerara. Ficou muito bom!
Já a ricota dando sopa na geladeira, a ponto de se perder, me deu a ideia de fazer um sorvete com leite condensado caseiro. Misturei também um restinho de creamcheese, e o resultado foi bem interessante. Fiquei imaginando se fosse um queijo meia cura, com um pouco de creme de leite e leite condensado, hummmm!
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Lasanha (quase) sem queijo e bolo inglês no uísque
Guga tem experimentado uns sintomas de intolerância à lactose. Pediu para eu fazer lasanha de berinjela, sem lembrar do queijo que vai entre as camadas. Resolvi não colocar queijo sobre o molho à bolonhesa das camadas, mas só um pouco por cima de tudo. Ficou bom, embora eu prefira o equilíbrio de sabores trazido pelo queijo.
Também fiz umas mudanças na receita de bolo inglês. Ou melhor, acho que entendi melhor a receita da Carol Fiorentino - antes eu marinava as frutas e descartava o líquido, no caso, suco de laranja. Desta vez, usei uísque - a receita tradicional pede uísque ou rum - para marinar frutas cristalizadas e passas e verti o líquido na massa também. Acabei fazendo dois bolos, para testar em um deles o banho de uísque várias vezes antes de consumir - na gringa, era costume banhar semanalmente por um mês e conservar em uma lata fechada até o consumo, lembrando que era um bolo natalino, então era inverno por lá. Vou borrifar uísque de dois em dois dias por uma ou duas semanas e conservar o bolo na geladeira, embalado em papel manteiga dentro de um saco plástico. O que comemos ontem ficou maravilhoso; vamos ver o "tradicional" daqui a alguns dias.
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Projetos do hoje e após
Como será o amanhã, responda quem puder, já cantava Simone nos anos 1980. Não temos a menor ideia, e por ora nem os cientistas podem responder. Essa quarentena pode durar meses, e temos mesmo que recriar a rotina para sobreviver.
Pessoalmente, demorei para começar a criar um outro cotidiano. Estava fazendo bastante atividade física, e de repente passei a fazer 25% do que fazia. O trabalho, por sua vez, não teve tanta mudança (embora tenha rolado uma tensão inicial quanto ao futuro). A rotina de casa, sim - muita louça, cozinhar várias vezes, fazer faxina, além de incorporar os novos hábitos de desinfecção a cada saída/volta.
Logo que começou a quarentena, a galera passou a divulgar no Facebook mil links de livros, cursos e visitas virtuais a museus. No início, dá aquela vontade de fazer várias coisas, até a gente se lembrar de que realmente "quarentena não é férias", como nos lembra o alto-falante do mototáxi contratado pela prefeitura. Vem a procrastinação diante do trabalho e da atividade física, agora feita em casa, pois é uma dificuldade buscar novas formas de viver e encampá-las de fato.
Bueno, mas acabou que tenho feito alguns cursos, além da pós em história da alimentação. Fiz um da Faber-Castell de aquarela, básico, mas ótimo para alguém como eu, que não manja de aquarela e só se mete a. Estou fazendo um do Senac (que está oferecendo vários cursos gratuitos durante a quarentena) de congelamento de alimentos, com outro engatilhado de aproveitamento total de alimentos. E me inscrevi ontem em um da Embrapa, de hortas em pequenos espaços. Tudo isso porque acho que pode rolar uma escassez de alimentos e este é o momento perfeito para termos uma atitude ecológica diante da vida, sair do mero discurso e ir para a ação mesmo. Também me inscrevi em um canal de yoga e hoje comecei um treino do Darebee, site de treinos já usado por Guga - porque não vou esperar chegar o fim da quarentena enquanto reencontro os quilos eliminados, né? Mas demorei para introjetar a ideia, pois faz mais de um mês que resolvemos nos entocar. Assisti também a alguns tutoriais para fazer nossas máscaras de TNT e tecido.
O resultado dessas escolhas no presente contexto é que, embora não saiba até onde isso vai e se vamos sobreviver, me imagino virando uma especialista em alimentos fermentados, congelados, costuras talvez. Já sonho com comprar uma máquina de costura (que fez uma falta enorme na hora de produzir as máscaras!) num contexto pós-apocalíptico, o que parece algo non sense. Talvez morar em outro país, porque aqui ainda não nos recuperamos do choque da eleição de uma figura tão malévola (perdão à Malévola disneyana). Enfim, ter uma horta, fazer pão. Talvez nada tão diferente do que temos hoje, mas com muito mais gana e sabor e verdade.
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